Vacinas da Pfizer e Moderna produzem imunidade de longa duração, diz estudo

À CNN, o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia ainda disse acreditar que imunidade prolongada também deve valer para outros imunizantes

CNN Brasil


Um estudo publicado pela revista Nature aponta que as vacinas da Pfizer e da Moderna têm duração duradoura contra a Covid-19. Em entrevista à “CNN Brasil” nesta quarta-feira (30), o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flavio da Fonseca, disse que a pesquisa é “uma boa notícia”.

Segundo o virologista, havia “certo temor”, até por outros estudos, que o nível de anticorpos tivesse tendência de queda depois de um tempo após serem gerados pela vacina – e até mesmo de que eles desaparecessem.

“Mesmo depois que os anticorpos aparentemente ‘sumam’, as células continuam ativas, ficam guardadas como uma viatura dentro da garagem, se a pessoa é infectada novamente, elas voltam a produzir anticorpos”, afirmou.

Ainda não se sabe ao certo quanto tempo a resposta imunológica vai durar e o estudo foi realizado com um número pequeno de pessoas, ao longo de 12 semanas. Mesmo assim, Flavio acredita que o resultado é muito importante e deve se estender também a outras vacinas, não só as com base de RNA, que é o caso dos compostos da Pfizer e da Moderna.

“A impressão é que embora tenha sido feito com pesquisas de RNA, também deve acontecer com as outras vacinas, mesmo quando a quantidade de anticorpos diminui ou na ausência de anticorpos mensuráveis, tem células de defesa prontas para agir”, disse.

O virologista reforçou, no entanto, que o fato de os anticorpos durarem mais tempo não invalida uma possível vacinação anual contra a Covid-19, já que o vírus também se adapta e gera variantes que podem ter escape à resposta imunológica.

“À medida que tenha imunidade de longa duração, as pessoas vão ficar protegidas contra versões graves da Covid-19, mas haverá a necessidade de novas doses para retreinar o sistema imunológico”, disse.

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